domingo, 4 de agosto de 2013


"vi-te naquela esplanada"

Tu estavas naquela esplanada,
sentada na ponta da cadeira.
Entusiasmada rias-te dos murmurios
que eu ouvia.
Sorrias das simples coisas da vida.
Não olhaste para mim, nem por poucos momentos.
Mas sei que se me olhasses e eu te olhasse tu irias sorrir.
Porque tu és assim... o que tu és, és tu.
Para ti os sentimentos são simples e meros pedaços de felicidade ou
tristeza. Não existe mais nada para além disso.
Por isso ris-te daqueles murmurios e sorris das simples coisas da vida.

sábado, 4 de maio de 2013

Já nada me dizes e nada tens para me dar.
Nunca tiveste nada para me dar
E eu julguei que sim.
Pensei que os teus olhos fossem infinitos
E que as tuas mãos fossem seguras.
Seguis-te em frente, porque tu nunca paraste.
Eu parei... e beijei-te, e senti-te... e chorei.
Tu nunca nada me deste apenas a tua
Vontade de alguém beijar.
Já nada me dizes e nada tens para me dar.

- Ana Miu

sexta-feira, 12 de abril de 2013

domingo, 10 de março de 2013

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

WOMAN

 Num dia de verão do ano de 1955 pelas 8 horas em Londres, muitas mulheres acordaram porque tinham de fazer o pequeno almoço ao marido; algumas porque tinham de ir trabalhar; outras porque iam dar á luz; e outras simplesmente porque acordaram. 
 Emily não foi exceção, mas esta acordou meia hora antes. O facto de ter acordado ás 7h30 não a fez levantar da cama. Aproveitou que os miúdos e o marido estavam a dormir e manteve-se deitada de barriga para cima e com os olhos colados ao teto.
 Emily era mulher de trinta anos, apesar de parecer mais nova, era uma mulher bonita e elegante, era uma mulher muito magra com uma estrutura média. A sua pele era branca e macia, tinha os cabelos claros mas não totalmente loiros, ondulados e usava-os pelo ombro e direito tal como a moda ditava; tinha os olhos azuis quase cinzentos e uns labios carnudos e rosados.
 Ás dez para as 8h o seu marido Ben acordou, mas por alguma razão ela fingiu estar a dormir. Quando o marido se despachou e saiu ás 8h 15 a Emily abriu os olhos novamente, mas desta vez levantou-se da cama e dirigiu-se á cozinha, onde preparou o pequeno-almoço para os três filhos, a Jane a mais nova com cinco anos, o do meio com oito anos o Bernarth e o Simon com treze anos.
 A razão pela Emily ter fingido estar a dormir quando o marido acordou foi o facto de não querer perguntas pela parte de Ben: " o que estás a fazer acordada tão cedo?"; " no que estás a pensar?".
 Realmente aquela já não seria a primeira vez que Emily tinha fingido estar a dormir.
 Nas ultimas manhãs daquele mês de Julho acordava sempre muito mais cedo. Acordava a punha-se a pensar.
 Mas afinal o que tinha Emily para pensar que a fazia acordar mais cedo nos últimos tempos?